Mais uma história super bacana contada pelo Histórias de Casa e fotografada por mim! Visitamos a casa – sim, dessa vez uma casa! – da jornalista Michele Oliveira e do fotógrafo Rafael Jacinto, no Sumaré, bairro de São Paulo. Patrimônio construído pelo avô e pelo pai do Rafael, e atualmente revitalizada pelo Estúdio Risco, a propriedade serve de moradia para sua família.
A casa conta com espaços generosos, por isso, muitas paredes que antes existiam hoje deram lugar a vidros permitindo uma melhor visão dos ambientes e invasão de iluminação natural. Outro detalhe que mantém a identidade do imóvel são as esquadrias azuis em referências às construções bandeiristas.
A decoração é descomplicada e reflete a busca por uma casa funcional para seus diversos usos: descansar, receber, brincar, ler, ouvir música, cozinhar, comer e beber. Os móveis e objetos simplificam a rotina, mas também contam histórias de outros momentos de vida – há peças dos tempos em que os dois eram solteiros, como a cristaleira branca na sala de jantar, trazida do primeiro apartamento de Michele, ou a mesa de jantar, uma relíquia de Rafael, além de itens herdados de família.
A varanda coberta, que serve como ponto de ligação entre a entrada, o escritório e os quartos, é desfrutada pela família quase todos os dias. “A gente usa muito o espaço em almoços com os amigos, porque é um dos cantos mais frescos da casa. É um lugar gostoso para sentar, tomar uma brisa”, conta Michele. Para trazer mais aconchego e cor, o casal apostou em plantinhas espalhadas em vasos e também no canteiro ao longo da parede branca que leva ao jardim descoberto.
Michele trabalha em casa, mas normalmente precisa de bastante concentração, por isso a posição do escritório – um pouco mais afastado da sala – é perfeita para equilibrar as funções da rotina. Fechado por portas de vidro, o ambiente permite que a moradora tenha silêncio, porém ao mesmo tempo ela consegue observar o que acontece no restante da casa.
Por conta das esquadrias pintadas de azul e da poltrona vintage, o corredor que leva ao quarto do casal lembra o interior de uma casa de fazenda. Com ar antiguinho, os móveis usados no ambiente reforçam essa sensação acolhedora – a poltrona de amamentação migrou do quarto de Rosa para o dos pais, o tapete pertencia à avó de Rafael e os criados-mudos descombinados foram uma escolha proposital da moradora.
A decoração do quarto de Rosa foi pensada para durar alguns anos, então não tem aquele jeitão de quarto de bebê. A começar pelas cores, que fogem dos tradicionais tons clarinhos. Os móveis de apoio na lateral da cama são na verdade dois banquinhos que podem migrar pela casa conforme a necessidade.
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